João Moreno Falcão

Em 2010 o mundo foi pego de surpresa com a detecção de um malware cuja complexidade era inédita, o Stuxnet. Várias equipes ao redor do globo se dedicaram a compreender do que se tratava o malware e quais eram os seus objetivos. Hoje sabemos que o código tinha como finalidade destruir as usinas de enriquecimento de urânio iranianas. Para cumprir o seu propósito era necessário infectar controladoras industriais e utilizá-las para destruir as centrífugas responsáveis pelo enriquecimento de urânio. Por se tratarem de dispositivos constantemente monitorados, os invasores precisavam ocultar todos os traços da infecção e trabalha metodicamente sabotando o funcionamento das centrífugas, ao mesmo tempo que forjavam dados válidos para os operadores da planta industrial. Estipula-se que o trabalho necessário para desenvolver o worm requereu o trabalho de 50 engenheiros de software por cerca de um ano de trabalho. A apresentação descreverá as principais características do ataque original. Ao final será apresentado um ataque simulado realizado durante BHack Conference. Um sistema simulado com dispositivos reais foi submetido a testes e o palestrante conseguiu infectar a rede industrial. O ataque realizado conseguiu reproduzir uma série de características únicas do Stuxnet, sendo assim uma ótima forma de demonstrar o funcionamento básico do malware.